Quem sou eu

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"Sou quem dança, sou quem toca, quem na orquestra desafina, quem delira sem ter febre, sou o par e o parceiro, das verdades a desconfiança..." (Delírio, Secos e Molhados)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Olhares

Tão sutil como teu olhar
É o veneno que destilas
Em minha boca sedenta
Mata-me aos poucos e nem sabes
Mas ao morrer o amor se faz
E traz consigo o paraíso profundo
Do teu olhar.
Nado em busca do infinito
e o encontro dentro de mim
Nado em busca de mim
que se perdeu no infinito do teu eu
Na viagem de volta me encontro
Mas, não mais eu
Transformo-me, gota a gota,
no infinito que somos nós
Ao deleite dos olhares...
Aiu

Meu mundo

Do nada fiz um mundo
Quis governá-lo mas,
Assim como eu, ele tem vida própria.
Do meu mundo sou serva,
Sou dona, sou amante!
Meu mundo, tão intenso, tão forte
Me machuca, me destrói
E agora ao reconstruir o ser
Ele me procura, me caça
E novamente me acha, me encurrala
Não há fuga, não há trégua.
Meu mundo é mais do que eu,
É mais do que você.
Meu mundo somos nós!
Aiu

Brumas

Entoô seu none às brumas
Que te trazem como ao aroma da mata
Penetrante, envolvente, excitante.
Flutuo
Transcedo
Entorpeço num gozo amante
Que me retorna ao céu daqueles dias
Ah dias que trazem noites!
Eufórica percebo o rubror do céu
Anuncia-se a aurora.
E lá se vão as brumas
E lá se vai você!
Aiu